Pós-casa BBB12, Yuri prefere falar com mais afinco do futuro. O reality show já faz parte do seu passado, que, ele, em momento algum despreza. Mas avisa: “O que foi visto foi visto. O que não foi visto não foi visto”, realçou quando foi perguntado pelo leitor Gustavo Melo se sentia necessidade de explicar para estranhos a suas atitudes no confinamento. O mesmo tom curto foi adotado ao falar de Laisa, a namorada que ele conquistou no programa da Rede Globo/TV Anhanguera. Depois de uma semana no Gran Hermano, versão espanhola do Big Brother, a gaúcha retorna ao Brasil hoje. “Aí vamos ver o que acontece”, informou o goiano. Já adotado pelo universo das artes marciais do Rio de Janeiro, Yuri pretende ficar por lá. Para treinar, competir e seguir carreira de lutador. Já foi procurado pelo também lutador Rogério Minotauro, que o apresenta ao concorrido e milionário mundo do ringue nacional e internacional.
Ontem, gravou programa de Ana Maria Braga em uma academia (reportagem que vai ao ar na terça-feira). Hoje, participa de um evento esportivo na praia. Amanhã, grava o Domingão do Faustão. Na terça-feira, caso não surja algum compromisso de última hora, desembarca em Goiânia para matar a saudade dos familiares e pegar a bagagem para a mudança em definitivo para o Rio de Janeiro.
Gabrielle Chaves – Você é um cara do esporte, alguém que se movimenta muito. Não se sentiu sufocado em ficar tanto tempo confinado na casa? Como foi essa experiência?
Poxa. Senti muito o tanto que expôs várias emoções minhas. Chorei, sorri, fiquei nervoso, briguei. Tive várias reações, emoções, exatamente por causa do confinamento. Foi uma experiência incrível, incrível. Aprendi várias coisas.
Renato Silva – Ser escolhido como um dos BBBs, para muita gente, é como ganhar na loteria. Quais foram as suas características pessoais que você acredita ter chamado a atenção dos produtores do programa para convocá-lo? Onde você estava quando recebeu a confirmação?
Acho que a minha espontaneidade, o meu jeito de falar tudo o que penso. A minha profissão ajudou também, por ser professor de lutas de artes marciais. A minha sinceridade ajudou bastante. Eles me acharam num shopping de Goiânia, cara. Foi um olheiro.
Gustavo Melo – Yuri, os BBBs se tornam verdadeiros bodes expiatórios da sociedade, que os recriminam e julgam por aspectos e atitudes cotidianas que são de todos nós. Creio que o espanto das pessoas com o programa seja um espanto de si mesmo. Como você está se sentindo tendo agora que se explicar a desconhecidos por atitudes que antes só diziam respeito a você?
Não tô explicando muito não. O que foi visto foi visto. O que não foi visto não foi visto. Eu falo o que acho e não me explico não. Na verdade eu falo do que aconteceu, sabe. Não tenho que ficar pedindo perdão e nem me explicando para ninguém. Só para minha mãe.
Renato Silva - Como participante, o que você acredita que mantém o interesse do público num programa tachado pelos seus detratores de entretenimento vazio? Consegue entender por que o BBB faz tanto sucesso?
Porque mexe com as emoções das pessoas aqui fora. As pessoas aqui se consideram, pelo que estou sentido, seu amigo. Igual na rua aqui, conversam comigo como se fossem um amigo de vários anos.
Larissa Coelho (Itaberaí) – Para quem você torce para levar o prêmio de R$ 1,5 milhão do BBB?
Ah, Monique, Monique! Vai que ela ganhe esse R 1,5 milhão e gaste comigo aqui? Ela é minha irmã, minha brother.
Fernando Abraão (Inhumas) – Qual foi seu maior inimigo dentro da casa? No começo você articulou votos contra a Jakeline e no final brigou com João Carvalho, Jonas e Monique.
Monique é minha amiga, foi uma discussão do dia lá. Ela é muito amiga minha. Não tinha nenhum inimigo, alguma coisa tão séria assim, não. Tinha oponente de jogo. A galera da praia era oponente da galera selva, mais ou menos assim.
Kenia Forturna – No início do programa você disse para o Bial que um dos seus pontos fortes seria o equilíbrio, e que os pontos fracos nós iríamos descobrir. Esse não seria o seu ponto fraco: a falta de equilíbrio emocional ?
Uai, eu não sei. Vocês descobriram? Se descobriram, tá certo.
Juliana Oliveira – Você foi um grande articulador de votos. Essa estratégia foi pensada antes de entrar na casa ou decidiu partir para esse lado lá dentro?
No começo eu estava jogando bastante, sabe. Cheguei com muita vontade de jogar. Depois da segunda semana, eu não tive mais estratégia. Não tive mais essa ideia de articular votos. Comecei a esquecer das câmeras, a viver mais na casa. Na terceira semana, então, já não estava nem aí. E, depois, que a Laisa foi embora, esqueci totalmente, jogava só nos jogos de liderança. Estava mais era brincando e curtindo esse final aí, o último mês.
Myke Morais – Quando estava dentro do Big Brother, tentou ser você mesmo o tempo todo, ou quando está lá tem que jogar mesmo pra conseguir se destacar entre os demais brothers?
Acho que tem que jogar para ganhar R$ 1, 5 milhão. Se tivesse jogado um pouquinho mais nesse final, ainda estaria lá dentro. Eu fui eu mesmo, viu irmão. O tempo todo. O tempo todo. No começo quis jogar demais, mas relaxei e fiquei sendo eu mesmo.
Renato Silva – Como você pretende capitalizar a visibilidade que ganhou ao participar do programa? Teremos por aí um Yuri candidato nas próximas eleições?
Não! Não! Não! Esse não é o rumo que vou seguir, não. Eu estou aqui focado no Rio de Janeiro e quero continuar o que fazia em Goiânia. Quero mexer com arte marcial, muay thai. Eu já estou recebendo algumas propostas de academias daqui. Estou mais focado nessa área que já praticava. Hoje (ontem) faço uma gravação para o programa da Ana Maria Braga (do Mais Você) numa academia, uma gravação externa. Amanhã (hoje), não sei ao certo, mas tenho vários. O Minotauro já me convidou para encontrar com ele, quer me apresentar a academia dele e tem um evento na praia que ele quer me levar. Ontem (na quinta-feira), eu estava com o Júnior Cigano, campeão mundial do UFC. Então, eu estou mais para esse rumo mesmo, que eu gosto de verdade.
Eliane Maciel – Você disse que pretende se tornar um lutador de MMA (Artes Marciais Mistas). De que forma você acha que essa fama repentina pode ajudá-lo nisto? Vai facilitar?
Acho que pode ajudar na oportunidade de conhecer bons profissionais, boas academias e uma boa qualidade de treino. Não que em outro lugar não teria tudo isso, mas pode me ajudar nesse caso.
Mari Rocha – Normalmente conterrâneos têm uma certa aproximação quando são expostos a lugares sem mais conhecidos. No seu caso, isso não aconteceu. Desde o início do programa você se manteve distante do João Maurício. Você teve algum repúdio a ele? Se sentiu enciumado por ter outro goiano no programa?
Não, pelo contrário. Eu adoro ele. Ele é um cara inteligentíssimo. Um cara gente fina. Gosto muito dele, sou fã do João Maurício.
Mike Morais – Acha que a edição do Big Brother influencia o público a votar em determinadas pessoas, ou não acredita nisso? E o seu jeito sincero e enérgico atrapalhou ou ajudou dentro da casa?
Eu não vi nenhum vídeo do programa. Não tenho como falar sobre isso. Não vi nada. Até agora não parei, dormi umas cinco horas somente desde que saí da casa do BBB. Acho que, às vezes, o jeito sincero pode atrapalhar sim.
Dalva Clemente Martins – Quando você viu que estava sendo detonado, saindo só o pessoal da selva, você não percebeu que havia algo errado no jogo? Por que não mudou de estratégia e acabou com a rivalidade dos grupos?
Eu percebi, mudei de estratégia, mas o jogo continuava. Não tinha que deixar de ser alguma coisa que era desde o começo, não. Tipo eu era selva e outro lado era praia. Como falei, desde a segunda semana, deixei de jogar, combinar algo e comecei a viver a casa. Mas nem por isso tinha que ficar bajulando o outro lado. Não existe isso não. Aí é ser falso.
Renata Carvalho – Você tinha um relacionamento com a bailarina Gabriela antes de entrar para o BBB. Ela até deu entrevista para o site Ego. Depois de se envolver com a Laisa dentro da casa, como ficou o seu coração? Ele está dividido? Você vai procurar a Gabriela ou Laisa?
Olha, isso aí eu prefiro não responder.
Pedro Henrique Cardoso – E o namoro com a Laisa? Vai continuar fora da casa?
Eu estou esperando ela chegar primeiro. Ela chegando da Europa, eu converso com ela.
Dalva Clemente Martins – Por que todas as vezes que você brigava com a Laisa, mesmo quando era ela que estava errada, era sempre você que corria atrás para fazer as pazes?
Porque a mulher merece. Todas elas merecem, seja ela ou qualquer outra.
Silva Pereira dos Santos (Aparecida de Goiânia) –Saiu na internet que você quer morar no Rio de Janeiro. Vai tentar seguir carreira artística? E o muay thai?
Vou ficar no Rio porque aqui tem mais oportunidades. Surgiram artísticas, estou analisando, mas até o momento o que mais me atrai é a arte marcial mesmo, que também é muito forte aqui.
Marcelinho Roriz – Yuri, você já pensou em algum projeto de montar uma academia própria em Goiânia após seu nome, vinculado ao esporte, ter ficado ainda mais conhecido?
Eu estou vendo com grandes lutadores daqui, isso pode acontecer também.
Sebastião Vilela Abreu – Para encerrar, o que representou para sua vida a passagem pela casa do BBB12?
Foi uma evolução espiritual. Uma evolução de cada defeito, qualidade. Um dia equivale a uma semana e coisas que iriam acontecer em dez anos aconteceram em dois meses.
Fonte:Internet
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